"quando ela dansa mansa
quando ela balança oba
fico de juízo fraco toco fogo no barraco
troco as pernas, dano a gaguejar
neguinha invenção do demo
queimo mais que pimenta no vatapá
- acarajé xinxim moqueca e abará"
(Zeca Baleiro, Nega, tu dá no couro)
A moqueca é um dos pratos preferidos da aprendiz de Lilica. Confesso que nunca tinha feito moqueca para ela, pois é uma especialidade da minha mãe. Contudo, a avó mora longe, e já faz um tempinho que não vamos visitar, desta vez me aventurei a preparar a moqueca para mimar a filhota. Me inspirei na receita do livro A Cozinha Baiana no Restaurante Senac do Pelourinho. Apenas de moqueca, esse livro tem cinco receitas! Só que as quantidades são para muitas porções (15 ou mais). Estávamos só em três para o jantar, então tive que reduzir bem as quantidades.
Temperei setecentos gramas de peixe já cortado com sal, coentro e limão e deixei de lado, para marinar. Preparei os temperos, cortando em rodelas duas cebolas, um pimentão vermelho e três tomates grandes. Na panela de ferro baixa, tipo moquequeira, aqueci azeite de oliva, fritei a cebola e o pimentão, depois cobri com as fatias de tomate e dois ramos de coentro picados. Deixei o molho apurar.
Quando o molho já estava grossinho, temperei com sal, coloquei por cima os pedaços de peixe temperado, juntei uma garrafa pequena de leite de coco, tampei a panela e deixei coxinhar o peixe - só mais uns dez minutos.
Quando abri a panela e vi aquele molho borbulhando, com uma cor linda, super perfumado a coco e coentro, percebi que a receita tinha dado muito certo.
Servi a moqueca em pratos fundos, regada com azeite de dendê, coentro e acompanhada de arroz branco.
Quando abri a panela e vi aquele molho borbulhando, com uma cor linda, super perfumado a coco e coentro, percebi que a receita tinha dado muito certo.
Servi a moqueca em pratos fundos, regada com azeite de dendê, coentro e acompanhada de arroz branco.
A avaliação da aprendiz de Lilica foi de que ficou tão boa quanto as moquecas que ela come na casa da avó.
Segundo ela, vencida a barreira da moqueca, agora só falta eu aprender a fazer pipoca... (pois é, meus caros leitores, não sei fazer pipoca e, honestamente, também não sei fazer um café decente, nem ovo frito - não ficam bons, quando acerto é por pura sorte - mesmo assim insisto, sabem como é, brasileiro não desiste nunca!).
Segundo ela, vencida a barreira da moqueca, agora só falta eu aprender a fazer pipoca... (pois é, meus caros leitores, não sei fazer pipoca e, honestamente, também não sei fazer um café decente, nem ovo frito - não ficam bons, quando acerto é por pura sorte - mesmo assim insisto, sabem como é, brasileiro não desiste nunca!).
Ficou linda essa peixada(rsrsrs)...estou imaginando o sabor...acho que delicioso!!!
ResponderExcluirAqui no Espírito Santo dizemos que moqueca é capixaba, o resto é peixada!!!
Ao contrário da moqueca baiana, a nossa não leva leite de côco nem dendê, fica um pouco mais suave...os capixabas adoram.
Eu, como sou boa de garfo, adoro as duas!!!
Bj,
Marcela.
Marcela, nessa briga entre a moqueca apixaba e a baiana, eu meto a colher... nas duas!!!
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