Sopa da sorte

Não adianta um pé de coelho
No bolso traseiro
Nem mesmo a tal ferradura
Suspensa atrás da porta
Ou um astral bem maior que
O da noite passada,
Pois toda sorte tem quem
Acredita nela
(Fernando Mendes, Sorte tem quem acredita nela)

A lentilha é um ingrediente associado à fartura e sorte. Por isso, não há justificativa para comer só no fim do ano, melhor trazer a sorte para o dia a dia! 

Este creme é um clássico na minha cozinha,  desde os tempos em que fui vegetariana. Pode servir como entrada ou até como prato principal num jantarzinho leve, acompanhado de pão integral tostado. É delicioso e fácil de fazer. Este aí da foto ficou pedaçudo, porque meu liquidificador estragou, então tive que improvisar batendo com o minipimer.

Para preparar o creme para quatro pessoas, picar uma cebola. Colocar um fio de óleo numa panela, refogar a cebola, juntar meio pacote de lentilhas lavadas, colocar água até cobrir as lentilhas, mais três dedos. Se gostar, junte um pedacinho de lombo defumado, mas aí a receita deixa de ser vegetariana. Deixar cozinhar até amaciar as lentilhas (é rápido). Bater a lentilha com a água (se quiser um creme beem aveludado, bata no liquidificador e peneire depois). Colocar sal e pimenta, voltar à panela e deixar apurar mais alguns minutos. Na hora de servir, se quiser, juntar meia xícara de creme de leite.

Conferir o tempero e servir quentinha, com um fio de azeite, pimenta do reino moída na hora e polvilhada com tempero verde picado, ou croutons.  Fiz tão gostosa que dá para entender porque Esaú trocou os seus direitos de primogenitura por um prato de lentilhas...